terça-feira, 24 de abril de 2012

Mais um dia de caos na nossa escola!

Ontem, segunda-feira dia 23 de abril, nossa escola amanheceu sem uma gota de água nas torneiras da cozinha, bebedouro e banheiros! Ao invés de suspender as aulas, a direção da escola preferiu ignorar o fato e considerar que não havia problema algum, pois tinha água numa mangueira direta da rua. Dali tirariam baldes para a cozinha, para ferver e levar para a diretoria onde distribuiriam quando solicitadas pelos alunos, e para os banheiros.

A administradora deste blog começou a receber telefonemas desesperados, a partir das 9h00, de alunos com sede que não foram atendidos quando pediram água, ao contrário eram orientados pela própria diretoria da escola a beber do bebedouro que estava seco. Reclamavam também dos banheiros, muitos pais também ligaram preocupados com a situação, todos pedindo a presença urgente da APM na escola para intermediar uma solução.

Imediatamente um representante da APM foi para a escola enquanto a administradora deste blog ligava para saber o que estava ocorrendo. Já eram 9h40 quando a direção nos informou, por telefone, que estava 'tudo em ordem, os alunos é que querem se livrar da aula". A diretoria informou que já tinha mandado ferver um caldeirão de água que seria colocado em jarras para servir aos alunos que fossem até lá pedir água, quando tivessem sede'.

É impressionante  o descaso com que os alunos da Teotônio são tratados. Os telefonemas de pais e alunos continuaram insistentemente por toda manhã e os fatos relatados eram muito diferentes do informado por telefone pela direção da escola.

O vice diretor executivo da APM, pai de aluno, chegou à escola minutos antes do intervalo e pôde constatar que faltaram com a verdade nas informações dadas ao telefone. Ao questionar a diretoria, foi informado que a falta de água foi ocasionada pela lavagem e desinfecção da caixa d'àgua realizada no final de semana. A água não tinha pressão suficiente para encher a caixa e por isso ela havia disponibilizado uma mangueira direto da rua para encher os baldes que seriam usados na cozinha, no banheiro e para ferver e servir as crianças. Outra mãe, ao chegar a escola, perguntou aos trabalhadores da empreiteira que desciam naquele momento da caixa d'água se estava tudo resolvido (conforme tinha sido também informada pela direção da escola). O rapaz disse que 'num tem jeito não, hoje a caixa não enche...'

Nós, da APM, que até então procurávamos unir esforços com a direção da escola, neste momento fomos firmes e ficamos ao lado dos alunos que estavam em total situação de risco, seja pela falta absurda de água para beber, seja pela falta das mínimas  condições de higiene  para utilizar os banheiros. É um absurdo achar que quase 400 crianças e adolescentes podem ficar numa escola das 7h00 até as 16h00 sem ÁGUA!

A esta altura, o cenário era cada vez mais absurdo! Alunos desesperados pegaram a mangueira do chão do banheiro para beber a água e matar a sede. Uma mãe de aluno que foi à escola para buscar o filho ouviu de uma senhora da direção: "eu não vejo problema algum, vou almoçar no Extra e aproveito para usar o banheiro lá!"

Como a diretoria da escola não admitia a possibilidade de interromper a aula, não nos restou outra alternativa a não ser ficarmos do lado do bom senso e dos alunos, que espontaneamente se mobilizaram fazendo abaixo-assinados solicitando a imediata interrupção das aulas até o restabelecimento do fornecimento de água na cozinha e em todos os bebedouros e banheiros da escola.

Lamentamos os fatos ocorridos, lamentamos que a direção da escola manifeste tanto desprezo pelos direitos básicos da criança e adolescenteIsso é uma demonstração de total despreparo para gerir situações limite. Isso é também  mais uma prova do descaso absoluto do Estado de São Paulo com a Educação.

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