Um exemplo deste descaso são as obras que devem ser feitas em carater de urgência, mas caminham aos trancos e barrancos.
Logo no início das aulas, observamos operários perambulando por entre os alunos, fazendo pouco ou quase nada das reformas tão necessárias. A escola estava repleta de entulhos por todos os cantos e a insegurança ia além, tinha um andaime no meio do pátio onde os alunos menores viviam tentando subir e os relatos das meninas dizendo que se sentiam inseguras com a presença 'destes homens' estranhos pelo pátio.
Nós, pais da APM, passamos a ir diáriamente na escola para observar mais de perto o que realmente acontecia. Conversamos com alguns destes operários e soubemos que eram trazidos do nordeste com muitas promessas que não estavam sendo cumpridas e estavam sem qualquer tipo de registro ou contrato trabalhista, e por isso queriam voltar para suas cidades o mais rápido possível. Estavam alojados dentro da escola e por vezes não recebiam nem o alimento do dia.
A diretora da escola solicitou, então, a presença imediata do engenheiro responsável pela obra e da diretora de obras da Diretoria de Ensino Centro-Sul que é responsável pela nossa escola, e juntos exigimos que fossem tomadas providências. A partir daí foi feita a troca do empreiteiro e dos operários que ali estavam em situação totalmente irregular, e finalmente foi proibido que os próximos se alojassem nas dependências da escola.
Depois disso, a empresa responsável providenciou a limpesa dos entulhos que estavam pelos cantos da escola, removeu o andaime do meio do pátio, trouxe uma equipe de emergência para concluir ao menos o banheiro das meninas. Concretou as quadras e o pátio em torno e, inclusive, as raizes das arvores que ali existem, prometendo depois mandar nova empreiteira para concluir as obras.
Nós, pais da APM, de nossa parte avisamos que desta vez teríamos o cuidado de identificar um a um os operários através de suas carteiras profissionais registradas, conforme consta na lei, para garantir um mínimo de segurança já que outros trabalhadores iriam novamente circular pela escola, dias a fio, entre nossas crianças e adolescentes.
Estamos aguardando o bom senso da empresa, e o apoio dos orgãos competentes do Estado para garantirmos que seja cumprido o que entendemos ser no mínimo um dever de quem está à serviço do Estado numa escola repleta de crianças e adolescentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário